Goiânia perde 21 posições em levantamento que avalia atratividade
A queda aconteceu devido à piora de alguns indicadores para o cálculo do Índice de Qualidade Mercadológica (IQM) da cidade
A capital de Goiás ficou menos atrativa que outras cidades brasileiras para se fazer investimentos entre 2017 e 2018. O estudo Melhores Cidades para Fazer Negócios, elaborado pela Urban Systems, colocou Goiânia na 32ª colocação nacional, 21 posições a menos que em 2017, quando a capital ocupava o 11º lugar no País. A queda aconteceu devido à piora de alguns indicadores para o cálculo do Índice de Qualidade Mercadológica (IQM) da cidade. Além de Goiânia, apenas Catalão e Anápolis estão no ranking.
O estudo das Melhores Cidades para Fazer Negócios apresenta os municípios mais propícios para se investir, considerando fatores sociodemográficos, econômicos, financeiros, de transporte, infraestrutura e serviços. A pesquisa traz recorte das cidades em quatro eixos importantes para negócios: desenvolvimento econômico (maturidade e crescimento da cidade), capital humano (qualificação profissional e formação de mão de obra), desenvolvimento social (reflexo social do desenvolvimento da cidade) e infraestrutura (básica para os negócios).
Os principais impactos na cidade de Goiânia referem-se aos indicadores de desenvolvimento social, onde a cidade apresentou queda maior e ficou apenas na 81ª colocação. Outra razão foi a melhora de vários municípios próximos no ranking. O IQM de Goiânia até cresceu um pouco: passou de 11,56 para 11,71 no período, mas outras cidades cresceram bem mais.
O diretor de Marketing da Urban Systems e responsável pela pesquisa, Willian Rigon, lembra que entre os indicadores que fizeram a capita perder tantas posições estão a queda de 0,4% no PIB e até uma retração no PIB per capita, que ficou em apenas R$ 32.594 por habitante, com uma pequena retração entre em 2015 (referência utilizada para 2018). “O normal é que esta produção tenha algum aumento, pois a população sempre cresce”, destaca.
Impacto
Segundo Willian, outro indicador de peso é o Índice Firjan de Gestão Fiscal 2016, relativo à gestão pública. Na capital, ele ficou em 0,503, abaixo dos resultados de Catalão (0,735) e Anápolis (0,574), as outras cidades goianas que entraram no ranking. Em educação, o diretor da Urbans lembra que, em 2017, Goiânia ainda tinha 91,3% dos docentes do ensino fundamental com ensino superior, abaixo da média nacional de 95,2%. “Para as capitais é esperado um índice acima dos 98%. É um problema de qualificação do ensino”, cita.
O crescimento empresarial da capital no período analisado também foi negativo em 2,27%, abaixo da média nacional, que teve queda de 1,15%, enquanto Anápolis cresceu 0,08%. Em Catalão, o maior destaque foi a elevação de 4,3% no saldo de empregos formais, enquanto Anápolis avançou 2,5% e Goiânia, 0,7%.
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